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Previdência: “Diálogo com o governo somente quando suspenderem campanha mentirosa contra servidores”, afirma presidente do Fonacate

23/01/2018 | Notícias

Na última sexta-feira os representantes do Fórum das Carreiras de Estado (Fonacate) foram convidados para uma conversa com o deputado federal Rogério Rosso (PSD/DF), vice-líder do governo na Câmara, que questionou se as entidades estavam dispostas a negociar alterações na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, da reforma da Previdência.

O presidente do Fórum, Rudinei Marques, lembrou que há um ano as entidades representativas dos servidores tentam dialogar com o governo e vêm sendo “solenemente ignorados”.

“Tentamos exaustivamente uma conversa com o governo. Apresentamos dez emendas ao projeto original e o governo veio com um substitutivo que só piorava a situação de todos os trabalhadores. Conversamos com o relator Arthur Maia (PPS/BA) que também não deu ouvidos às nossas sugestões. Então, se o governo quer começar a debater a proposta, um dos pontos de partida é considerar as nossas emendas”, afirmou Marques. (clique aqui e conheça as emendas do Fonacate).

Rogério Rosso reconheceu e parabenizou o trabalho do Fonacate, em especial nas últimas semanas, para que a PEC 287 não fosse votada, mas destacou que a matéria volta à pauta do Congresso Nacional em fevereiro de 2018 e que é preciso sentar e dialogar uma posição dos servidores junto aos parlamentares e ao governo.

Marques respondeu que “reiniciar o diálogo exige a suspensão da campanha mentirosa contra servidores”. O presidente também observou que o governo quer aprovar uma reforma previdenciária sem discutir pontos que afetam a todos. “A proposta como um todo está muito ruim. A PEC 287 não deve ser aprovada a toque de caixa. É preciso debater pontos ali que retiram direitos dos servidores públicos e também dos trabalhadoees da iniciativa privada, do campo e das cidades.”

Deliberações para 2018 – Na tarde desta mesma terça-feira, as entidades que compõem o Fonacate realizaram uma rápida reunião para definir as estratégias contra a PEC 287/2016 no próximo ano. A primeira delas será intensificar o contato com os parlamentares em seus respectivos Estados, além de elaborar um novo material pontuando aspectos da reforma que prejudicam não só os servidores públicos como os trabalhadores do Regime Geral (RGPS).

 

Fonte: FONACATE