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Rumos da Administração Pública pautam painel na 5ª Conferência Nacional das Carreiras Típicas de Estado
“O Futuro da Administração Pública” foi pauta para o segundo painel da manhã desta quarta-feira, 18 de abril, na 5ª Conferência Nacional das Carreiras Típicas de Estado, promovida pelo Fonacate. Os trabalhos foram coordenados pelo secretário-geral do Fórum e presidente da Auditar, Paulo Martins. A palestra ficou a cargo do professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Sérgio Guerra.
O especialista iniciou sua explanação traçando um panorama histórico das mais marcantes mudanças no modelo administrativo do país, em grande parte baseadas em experiências e tendências internacionais, ao longo do século XX. Destaque para a alternância de abordagem, por vezes tendo como foco o fortalecimento estatal, por outras, uma maior abertura à inserção do mercado.
Para o porvir, destaca Guerra, é fundamental um olhar aprofundado ao ambiente de constante inovações tecnológicas. Nesta lógica, as carreiras públicas têm relevante papel. “Importa como nós vamos atuar diante deste novo cenário”, observou, citando como exemplo o avanço vertiginoso das moedas digitais em escala global e a compra de seguros via internet. “Ou interagimos com estes mecanismos, ou fechamos as portas”, sentenciou o professor.
O palestrante ressaltou, ainda, a impossibilidade de que estas novas tendências sejam contidas e alertou para a necessidade de aperfeiçoamento funcional. “Os servidores envolvidos neste contexto terão de se capacitar para esta realidade que se impõe sobre todos nós”, frisou.
Após períodos em que as reconfigurações administrativas tiveram como foco Estado e mercado, o especialista aposta que os novos tempos terão como alvo “as pessoas”, pois, aponta ele, num mundo altamente globalizado, “nós estamos nos transformando num grande produto e este produto tem que ser objeto de atuação estatal”.
“Temos de compreender melhor esta nova fase”, encerrou Guerra.
Em linha com o palestrante, Paulo Martins enfatizou que o momento é de adaptação às mudanças, que são parte da nossa cultura. O secretário-geral do Fonacate também engrossou o coro pela especialização dos gestores públicos, para suprimento das recentes demandas. “Sem dúvida alguma, é necessário o investimento do Estado na qualificação dos servidores”, argumentou, completando que a legislação, da mesma forma, deve passar por tais adequações.
“Nossa tarefa aqui não é encerrar o assunto, mas olhar para o futuro e apontar saídas”, concluiu Martins.
Educação Fiscal - Ainda durante a manhã, foi lançado o Prêmio Nacional de Educação Fiscal - Edição 2018, realizado pela Febrafite e que conta com apoio institucional do Fonacate. Segundo o presidente da entidade, Juracy Soares Júnior, o concurso visa plantar sementes para um futuro de maior justiça social. “Precisamos incutir na sociedade a ideia de que os recursos públicos são nossos e que em nosso favor devem ser aplicados”, observou.
O primeiro vice-presidente da Febrafite e coordenador do Prêmio, Rodrigo Keidel Spada, salientou que a educação fiscal promove “o pleno exercício da democracia”, pois, na posição de contribuinte, “o cidadão pode exigir dos seus governantes a efetivação de seus direitos”.
Fonte: FONACATE